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Primeiros dois pontos perdidos

Valdívia foi o destaque da partida | Foto: Alexandre Lops
O cenário inicial apontava uma vitória sem esforço: o Inter entraria no Maracanã e com os gols de Rafael Moura levaria 3 pontos para Porto Alegre. Só que o Inter é tão imprevisível quanto previsível e os erros que tanto lamentamos se repetiram. O colorado de 2013, por mais que contrariem, não desapareceu. Com total superioridade e vencendo com um bom placar, o Inter entregou o jogo ao Botafogo na segunda etapa e volta para Porto Alegre sentindo o peso de um ponto com gosto de derrota.

A velocidade de Valdívia incomodou o alvinegro por toda primeira etapa e a supremacia colorada perante o Botafogo ficou clara nos dois gols que Rafael Moura marcou - o primeiro com belíssimo passe de Aránguiz e o segundo com bela jogada de Valdívia. O Inter manteve a posse de bola e jogava nos espaços que o adversário dava ao tentar criar - tínhamos a vitória nas mãos.

Mancini e Abel modificaram seus times - um acertou e o outro cometeu um erro mortal. Assim que Dida falhou, o Botafogo cresceu. A torcida adversária, mesmo que quase nunca em grande número, jogou junto e levou o alvinegro a uma mudança de postura que apequenou o colorado e nos fez refém de um empate sobre mais uma falha inexplicável de Dida e os dois imóveis zagueiros a sua frente.

Nas costas de Fabrício, a estrela solitária brilhou. O zagueiro colorado Paulão não se contentou em ficar em sua posição e partiu para o ataque acreditando que seu chute faria a diferença. Os infinitos erros de passe condenaram a atuação do Inter no Rio de Janeiro. Abel desapareceu com Aránguiz, e D'alessandro parecia não estar em campo - ao menos de alma, não. 

O Inter e sua capacidade de perder pontos por insuficiência constante. De um jogo praticamente ganho a um empate que passa pelo erro inexplicável de Abel Braga ao colocar Gladestony - uma assustadora inutilidade dentro de campo. Início de brasileirão com a sombra de três anos marcados por erros sobre nós - precisamos nos livrar das repetições que nos fazem ser tão previsíveis.

Para vencer o campeonato brasileiro, o Inter precisa resgatar o idealismo do "Rolo Compressor", além de uma alma que não mais se vê. Alguns cheios de crença ou que não querem enxergar nossos problemas diriam que a mudança de uniforme no segundo tempo não deu sorte. Mas digam o que quiserem, hoje o Inter apenas não quis vencer.

Obs: Uma verdade.