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Incompetência anunciada

Vitório Piffero: arrogância e incompetência.
Finalmente a ilusão de que o Inter seria campeão passou. Estava difícil explicar para os colorados que com o nosso elenco, com o nosso treinador e com o nosso "futebol" jamais seríamos campeões de coisa alguma, mesmo que a posição na tabela fosse favorável. A prova disso veio rodadas depois em que o Inter começou a dar vexames anunciando que a sorte tinha acabado.

Tarde demais para se organizar, tínhamos uma defesa de time de série b, um treinador de time de série b e um presidente nem digno de série b. Obviamente isso só nos levaria a ficar o mais próximo possível da zona de rebaixamento, onde só não ficamos por ter times em situações piores que a nossa.

No texto "Ilusão", de abril deste ano, escrevi: "Insistir no trabalho de Argel é um dos primeiros passos para vislumbramos um ano com derrotas humilhantes contra times do nível de Chapecoense e Figueirense. (...) Durante anos temos assistido o Inter ser derrotado por times da zona do rebaixamento com folha salarial dez vezes menor. E mais uma vez a falta de planejamento da gestão vai fazer o filme ser repetido. (...) Não temos jogadores com atuações regulares e muito menos um treinador capaz de fazer um time jogar da mesma forma todo jogo. Somos imprevisíveis com nosso time sem identidade e desorganizado."

No texto "O Inter duvidoso de Argel", de maio deste ano, comentei: "É extremamente óbvio que o time não consegue acertar três passes seguidos, assim como não sabe bater pênalti, cobrar faltas e muito menos criar jogadas. Os garotos possuem velocidade, mas não sabem o que fazer quando têm posse de bola. O Inter possui um time que não sabe jogar futebol, mas possui jogadores oportunistas e que lutam pela vitória."

Mas o Inter foi vencendo e depois do jogo contra o Atlético-MG era impossível não pensar em título. Mas meu pé atrás estava lá, brigando com meu otimismo. O resultado da discussão, rodadas depois, foi a confirmação de que não se ganha absolutamente nada sem jogar bem e convencer. 

Piffero não tinha para onde correr, se escondeu na sombra da figura de ídolo de Falcão e viu o Inter piorar em campo. Teve que recorrer a Fernando Carvalho e ao treinador responsável por nosso maior fiasco na história, Celso Roth. Tudo isso porque não soube planejar e dirigir o clube da maneira certa. Colocou o futebol na mão de Pellegrini, outro que achou que o time não precisava de zagueiros ou de um meia armador. O Inter ficou à mercê da política e da incompetência.

Que o rebaixamento agora vire uma ilusão, assim como foram as primeiras rodadas onde acharam que seríamos campeões. 

Não queria dizer, mas eu avisei.